quinta-feira, 17 de março de 2011

A tua Antropofagia


" - Enquanto tu estiveres acordado, ainda posso te ter. -minto.
Deitada na cama, com os braços para trás, deixo-me ser acariciada. Descubro um dos teus segredos inconfessáveis no momento em que tua mão pousa entre os meus seios. Tu escondes tua antropofagia em baixo das unhas roídas e teus impulsos sádicos são guardados entre os teus cabelos compridos. Ao estender a palma da mão no lado esquerdo do meu tórax, deixaste claro teu desejo de abrir meu peito ao meio e puxar meu coração pra fora. sentir o músculo ainda quente pulsar entre teus dedos e fincar teus dentes no tecido frágil está entre tuas fantasias mais excitantes. Passar tua língua na ferida aberta, saciar tua sede no caminho de sangue que escorre de minha pele para ser absorvido pelos lençóis rendados, enquanto nossos corpos nus se encontram escorregadios e manchados de vermelho.

-Enquanto estiveres viva, ainda posso te perder. - mentes."  
Texto de Andira Medeiros, São Paulo

segunda-feira, 14 de março de 2011

um tic-tac constante

Preciso do teu temperamento especial


Calma, tempo, palavras

Todos os dias crio textos e mais textos

Que ficam engalfinhados na minha cabeça

Linhas de imagens, que já nem sei se aconteceram

São horas e horas a pensar no mesmo

Frustração, impulsividade, som

Mas nunca aparece o dia certo nem as palavras certas

É a loucura de ter que adormecer com o peso de mais um dia que passou