quinta-feira, 13 de setembro de 2012

"Na minha Próxima vida, quero viver de trás pra frente."

"Começar morto, para despachar logo o assunto. Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável. Ir receber a reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia.

Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo.

E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí torno-me um bebé inocente até nascer.

Por fim, passo nove meses flutuando num "spa" de luxo, com aquecimento central, serviço de quartos à disposição e com um espaço maior por cada dia que passa, e depois

"Voilá!" - desapareço num orgasmo. "

sábado, 25 de agosto de 2012

"Diz-me porque é que tens que fazer, o que é suposto ser correctose toda a gente à tua volta disfarça o afecto. Essa máscara que tu usas pode dar bom aspecto, mas na melhor das hipóteses só revela falso intelecto. Eu sei que foi assim que te ensinaram a viver, não me venhas dizer que é assim que eu tenho que fazer. Mostras um sorriso quando sentes tanta dor, dizes que tá tudo bem, eu noto um tremor, nesses olhos mais expressivos do que mil frases, vejo frustração em tudo aquilo que tu fazes..."




sexta-feira, 6 de julho de 2012

" I'm too sexy for my ex. "

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Ai fazes as tuas merdas e deixas a rapariga pela qual lutaste ir-se embora? Olha à tua volta. O que faz sentido? Uma tequila e duas vodkas? Ou então dois cigarros e um copo de vinho? Caralho. Vais mesmo deixar a mulher da tua vida passar assim de bandeja? Não vais fazer nada para que ela fique? Ela está a ir-se embora e não vai voltar. Diz-me, o que faz sentido quando acordas? Não me digas que são os passarinhos a cantar na tua janela do quarto. Vais dizer que não te sentias feliz ao ver o sorriso dela de manhã? Vais dizer que o sorriso dela não era o mais bonito que já viste na tua vida? Porra! Acorda. Há muitos gajos por aí a querem a TUA MÍUDA, aquela que te ama. E tu aí... a deixá-la passar, a deixá-la ir-se embora, deixando-a tomar outro rumo. P'ra quem é que vais ligar aà meia noita a dizer "Quero fazer-te um pedido...", para a Telepizza é que não é de certeza! Quem é que te vai fazer feliz? Essas raparigas "Corrimão de Quartel" que encontras em qualquer discoteca? Ou uma loira toda gostosa que fica à frente dos bares à espera de otário que lhe pague a conta? Garanto-te que feliz ela não te vai fazer, porque a tua felicidade era outra coisa. Tinha outro nome, outro sorriso, outro cheiro... a tua felicidade era TUA. E aí vais ficar supreendido quando aquela que era a TUA felicidade arranjar outro que a faça feliz. Quando fores atrás daquela rapariga chata, parva, que te ligava de 15 em 15 minutos, que tinha ciumes doentios por ti, ela vai ter outro. E aí tu perdeste, e nunca te vais perdoar por a teres perdido. Vais bater com a cabeça na parede e perguntar "Porquê!", e não vais ter resposta. Vais bater à porta dela e sabes quem vai abrir? O outro... e tu vais dizer: "Onde é que ela está" e ela vai responder: " Aquela otária de há uns meses atrás? Foi-se." E tu vais-te atirar aos pés dela... Se atirares... Quem diria... Um rapaz tão cabeça feita como tu... a rastejar por uma "MIUDA". E abes o que ela vai fazer? Rir da tua cara, porque as mulheres são assim. Quando amam, amam p'ra caralho! Mas quando te quer foder, fode a tua vida inteira. E sabes o que vais dizer depois disso tudo? "Perdi a mulher da minha vida"... É, perdeste.
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sábado, 16 de junho de 2012

Déspota da humanidade

"Isso quer dizer, - pensei eu, -  que não estavas apaixonada por ele. E ele também certamente não o estava  Isso permitia-vos serem felizes sem que as complicações que o amor, esse déspota da humanidade traz inevitávelmente consigo"
Anthony Berkeley "Droga Fatal"

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

É boa ideia em 2012...

1) Passar as cadeiras todas ( e não partir mais cadeiras da casa nova)

2) Ir ás aulas, nunca ficar com o limite de faltas a zero

3) Passar mais de 5 horas semanais na biblioteca

4) Fazer exercício físico para alem de levantamento do copo e do livro

5) Ter sempre comida (inclui pipocas para ver filmes)

6) Deixar de fazer amigos na casa de banho de casa (amiga sanita, amiguinha escova de dentes, amiguinho papel higiénico)

7) Não ir “dormir” em épocas festivas antes da meia-noite

8) Sair todas as quintas (e outros dias festivos, como domingos, segundas, terças e quartas)

9) Não ficar com ressacas (o que implica fazer viagens bem-disposta ás sextas)

10) Deixar de beber (ainda a pensar noutra solução)

... AND BE HAPPY : )

sábado, 19 de novembro de 2011

Nem tudo o que parece, é...




O Príncipe Encantado encontra-se com a Branca de Neve e pergunta-lhe:
- "Quer casar comigo?"
- "Claro, majestade", responde a amiguinha dos Sete Anões.
Então o Príncipe Encantado tira o seu membro para fora e pergunta-lhe:
- "Você sabe o que é isto?"
- "Seu belo pénis, meu Príncipe", responde ela.E, desolado, o Príncipe Encantado continua a procura:
- "Vou-me embora. Preciso de uma mulher inocente".
O Príncipe Encantado vai então à casa da Gata Borralheira e pergunta-lhe:
- "Quer casar comigo?"
- "Claro que sim", responde a bela enteada.O Príncipe Encantado faz a mesma coisa que fez com Branca de Neve, mostrando-lhe o membro:
- "Você sabe o que é isto?"
- "Seu pénis viril, meu Príncipe", responde ela.
- "Vou-me embora. Exijo uma mulher casta para minha esposa.", reclama o Príncipe.
Então o Príncipe Encantado encontra o Capuchinho Vermelho na floresta e pergunta-lhe:
- "Quer casar comigo?"
- "Claro, sua Alteza", responde a rapariga.Então o Príncipe Encantado repete o ritual e pergunta-lhe, tirando o pénis para fora:
- "O que é isto que trago aqui?", pergunta à Capuchinho Vermelho.
- "Isso é uma minhoquinha, meu Príncipe", responde ela.
Maravilhado com a cândida e inocente Capuchinho Vermelho o Príncipe Encantado casa-se com ela. Na noite de núpcias o Príncipe diz para Capuchinho:
- "Isto que trago aqui é um pénis, meu amor." Ao que ela responde:
- "Não, meu belo Príncipe. Isso é uma minhoquinha. Pénis era o do Lobo Mau."

domingo, 6 de novembro de 2011

A imaginação leva-te para onde quiseres :)

November Rain


O som da música ilimitada, o cheiro das pingas de chuva, o toque dos dedos seguindo as notas, os ritmos, as paragens e as mudanças. Exaltada no meio da quietude, consegue sentir o sabor de cada lembrança. Não travou no seu andamento, nem economizou nos sorrisos… As texturas de Novembro são únicas, mostraram novamente uma nostalgia, por fora continua racional, dentro in verso. Casaria neste mês, numa capela no meio do deserto, com esta música de entrada, onde seria ela a primeira a chegar, só para dar azar, porque talvez assim no meio do infortúnio, com discussões e desilusões, copos partidos e derrames de lágrimas, estariam juntos. Neste modo, nunca iriam pedir um relógio com um ponteiro que salte as horas difíceis, nada seria escrito à risca e a história não ficaria em branco…

Nem mesmo a chuva fria, dura para sempre.

domingo, 16 de outubro de 2011

Agora, o único sitio onde existes é na minha cabeça...



I'll never find anyone to replace you...

sábado, 1 de outubro de 2011

Quando me tornei invisivel

Já não sei em que data estamos.
Lá em casa não há calendários e na minha memória
as datas estão todas misturadas.
Me recordo daquelas folhinhas grandes, uns primores,
ilustradas com imagens dos santos
que colocávamos no lado da penteadeira.
Já não há nada disso.
Todas as coisas antigas foram desaparecendo.
E sem que ninguém desse conta,eu me fui apagando também...
Primeiro me trocaram de quarto,pois a família cresceu.
Depois me passaram para outro menor ainda
com a companhia de minhas bisnetas.
Agora ocupo um desvão,que está no pátio de trás.
Prometeram trocar o vidro quebrado da janela,
porém se esqueceram,e todas as noites
por ali circula um ar gelado
que aumenta minhas dores reumáticas.
Mas tudo bem...

Desde há muito tempo tinha intenção de escrever,
porém passava semanas procurando um lápis.
E quando o encontrava,eu mesma voltava a esquecer
onde o tinha posto.
Na minha idade as coisas se perdem facilmente:
claro, não é uma enfermidade delas,
das coisas, porque estou segura de tê-las,
porém sempre desaparecem.

Noutra tarde dei-me conta que minha voz
também tinha desaparecido.
Quando eu falo com meus netos
ou com meus filhos não me respondem.
Todos falam sem me olhar,
como se eu não estivesse com eles,
escutando atenta o que dizem.
As vezes intervenho na conversação, segura de que o que vou lhes dizer
não ocorrera a nenhum deles,e de que lhes vai ser de grande utilidade.

Porém não me ouvem,não me olham,não me respondem.
Então cheia de tristezame retiro para meu quarto
e vou beber minha xícara de café.
E faço assim, de propósito,
para que compreendam que estou aborrecida,
para que se dêem conta que me entristecem e venham buscar-me
e me peçam perdão …Porém ninguém vem....

Quando meu genro ficou doente,
pensei ter a oportunidade de ser-lhe útil, lhe levei
um chá especial que eu mesma preparei.
Coloquei-o na mesinha e me sentei a esperar que o tomasse,
só que ele estava vendo televisão e nem um só movimento
me indicou que se dera conta da minha presença.
O chá pouco a pouco foi esfriando…e junto com ele, meu coração...

Então noutro dia lhes disse que quando eu morresse
todos iriam se arrepender.
Meu neto menor disse:“Ainda estás viva vovó? “.
Eles acharam tanta graça,que não pararam de rir.
Três díasestive chorando no meu quarto,
até que numa manhã entrou um dos rapazes
para retirar umas rodas velhas e nem o bom dia me deu.

Foi então quando me convencí de que sou invisível...
Parei no meio da sala para ver,
se me tornando um estorvo me olhavam.
Porém minha filha seguiu varrendo sem me tocar,
os meninos correram em minha volta,
de um lado para o outro,sem tropeçar em mim.

Um dia se agitaram os meninos,e me vieram dizer
que no dia seguinte nós iríamos todos passar um dia no campo.
Fiquei muito contente. Fazia tanto tempo que não saía
e mais ainda ia ao campo!
No sábado fui a primeira a levantar-me.
Quis arrumar as coisas com calma.
Nós os velhos tardamos muito em fazer qualquer coisa,
assim que adiantei meu tempo para não atrazá-los.
Rápido entravam e saíam da casa correndo
e levavam as bolsas e brinquedos para o carro.

Eu já estava pronta e muito alegre,
permaneci no saguão a esperá-los.
Quando me dei conta eles já tinham partido e o auto desapareceu
envolto em algazarra,compreendí que eu não estava convidada,
talvez porque não coubesse no carro...

...Ou porque meus passos tão lentos impediriam que todos os demais
caminhassem a seu gosto pelo bosque.
Senti claro como meu coração se encolheue a minha face ficou tremendo
como quando a gente tem que engolir a vontade de chorar.

Eu os entendo,eles vivem o mundo deles.
Ríem, gritam,sonham, choram,se abraçam, se beijam.
E eu,já nem sinto mais o gosto de um beijo.
Antes beijava os pequeninos,era um prazer enorme
tê-los em meus braços,como se fossem meus.
Sentía sua pele tenrinha e sua respiração doce bem perto de mim.
A vida nova me produzia um alento e até me dava vontade
de cantar canções que nunca acreditara me lembrar.
Porém um dia minha neta Laura, que acabava de ter um bebê
disse que não era bom que os anciãos beijassem aos bebês,
por questões de saúde...
Desde então já não me aproximo deles,
não quero lhes passar algo mal por minhas imprudências.
Tenho tanto medo de contagiá-los !
Eu os bendigo a todos e lhes perdôo, porque...

“Que culpa tem os pobres de que eu me tenha tornado i n v i s í v e l ?”

Texto adaptado e produzido pela Helsan Produções
Texto Original- "El dia que me volvi invisible"
autora-Silvia Castillejon Peral
Cidade do México-2002



imagem da internet


 
Na maior parte das situações, chega apenas VER….





domingo, 21 de agosto de 2011

Sim, é verdade...

Foto | Galeria: olhar animal |



Quero-te
- desde que me conheço -

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Continua lindo :)


* É por isso que eu adoro post-it's *
*.*

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sex and Candy



"Meteste-te num avião à pressa e deixaste o meu coração em estado de sítio. Às vezes ainda caio na armadilha do teu charme, vou jantar contigo como quem vai ao cinema com um velho amigo e quando me levanto da mesa depois de duas horas de êxtase, demoro três semanas a descer outra vez à terra. O meu pai sempre me disse que o maior perigo do mundo não são as guerras nem os ditadores, nem sequer as catástrofes naturais, mas as mulheres com as suas peles de seda, o olhar vítreo a pedir protecção, as bocas de desejo e as curvas infinitas no corpo que despistam os homens, os deixam sem norte nem direcção e lhe estragam a vida. E tu és a pior de todas. Apareces e desapareces como uma bruxa e ris-te do meu amor louco e desajeitado por ti como se eu fosse um cão e tu o gato que me toureia e atormenta. E eu sinto-me um cachorro, um palerma, um fraco, um idiota cada vez que te vais embora e me castigas com semanas a fio de silêncio, cerro os punhos, olho-me ao espelho e vejo na imagem um homem de meia idade, já com pequenas rugas junto às orelhas e alguns pêlos impertinentes que teimam descer pelas narinas e sinto que não sou nada nem ninguém enquanto não me esquecer de ti. Sempre tive medo das mulheres e as mulheres nunca olharam para mim. Se a minha mãe for ainda viva, duvido que se lembre da minha existência. Queria uma filha e apaixonou-se por outro homem, disse-me o meu pai quando fiz dez anos. E também me disse, cuidado filho, que isto não é um país, é uma paísa, são elas que mandam em tudo e se não tiveres cuidado vão mandar em ti, usar-te e deitar-te fora como um trapo velho.

Mas eu gosto de ti, que és meia estrangeira e meia louca, que tens olhos de gato e curvas de égua, que falas um português criativo e escreves mensagens escritas com erros de palmatória. Preciso de ti como do ar porque és impossível de agarrar, sem ti a vida é um tédio, uma morte adiada e nem a Luisinha que trabalha no economato me consegue consolar com os seus bolinhos de mel e as suas visitas de tupperware, caldo verde e bacalhau à Braz, uma vez por semana ao meu apartamento acanhado na Graça que herdei da minha mãe, talvez a única coisa que me deu na vida.

A Luisinha também tem curvas e um cabelo que cheira a flores, fala baixinho como um pássaro e rebola-se na cama comigo como um bicho, mas não tem o teu mistério nem o teu charme, não lhe corre nas veias o sangue mestiço que te trouxe até Lisboa nem sabe dizer palavrões quando estás feliz como tu fazes nas noites em que te dou uns copos e te levo para casa. Tu entras sempre antes de mim, olhas em volta como quem visita a casota de um cão, fazes um ar de dó que me faz sentir um verme e depois deitas-te comigo porque te dou pena, porque te apetece ter sexo, porque sabes que ao menos em mim podes confiar, que nunca te vou bater e te empresto dinheiro sempre que precisares.

Daqui a dois ou três meses tu vais voltar, voltas sempre porque mesmo sem teres terra sabes que é aqui o teu canto e eu sonho com o dia em que te vais cansar de subir a um palco, roçar o corpo numa vara besuntada de óleo, de provocar orgasmos em mais de vinte homens por noite e te decidas a ficar ao meu lado. Quando a reforma chegar, tenho dinheiro de sobra para te levar de viagem todos os meses e fazer de ti uma princesa, por isso demora o tempo que quiseres, que eu por cá me aguento, entre mortos e feridos, atrás das trincheiras do meu coração de cão fraco e tonto."

* não sei de quem é esta história, inventada ou real, mas adorei... *
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

No Strings Attached


Fazes o meu coração palpitar?

10 things I hate about you...


“Odeio o teu jeito de andar e o teu cabelo sem corte. Odeio como diriges o meu carro e como me ficas a olhar... Odeio quando lês a minha mente. Odeio te tanto, que isso me abate... E até me leva a rimar. Odeio quando me fazes rir e ainda mais quando me fazes chorar.Odeio quando não estás por perto. E quando não me ligas. Mas mais do que tudo, odeio o modo como não te odeio, nem um pouco, nem por um segundo nem nada...”



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Bem-vindo à Casa dos Segredos do Rossio

Olhares: o meu, Tónixa, baby chili, coisinha laranja :)

Esta não é uma casa qualquer, é uma nova casa, onde cresceu uma nova família, onde desvendámos os nossos segredos ao entrar numa nova etapa das nossas vidas e nesta porta que partilhámos e onde entrámos durante muitos meses que cresceu a confiança. Lá fomos nós que concebemos novos segredinhos, um cofre cheio, que cada uma de nós, e entre outros que lá se juntaram e vão juntar, fazem crescer este lar. Arranjaremos ainda mais uma montanha destes segredinhos, que constroem a nossa íntegra amizade. Esta casa, deu-nos liberdade, permissão para viver na alegria e na loucura diferente de cada uma, de fazer a maioria das coisas que nos vem à cabeça, querer acordar para saber o mais curioso que ainda iremos viver juntas. Quando lá entrámos pela primeira vez, e na banalidade não percebemos que lá seria feito história, que era uma como as outras, até entrarmos em acordo de lá ficar. Foi-nos dito que logo logo teríamos o cheiro dos nossos amigos espalhados pela casa, lá fizemos grandes amigos, e sim, é um espaço repleto de cheiros diferentes, e ainda bem, agora é um espaço especial. Porquê lá? Porque se fosse em outro sítio não descobriríamos azulejos diferentes todas as semanas. Não iria a electricidade abaixo de 5 em 5 minutos. Não teríamos uma casa perto da praça do peixe. Não teríamos vizinhas coscuvilheiras e outras que nos pedem para baixar a música durante as megas festança. Não teríamos uma rua por onde passamos todas as manhas atrasadas para as aulas e nos convidam para ir andar de moliceiro, e ainda dizem que somos meninas bonitas. Não teríamos um altar para o santo António que apesar de não abençoar as nossas notas, dá-nos grandes bebedeiras abençoadas. Provavelmente não teríamos uma sala pintada por nós, onde também já esteve grafitada. Não teríamos uma árvore de natal que ainda está colada na parede. Onde temos noites passadas como irmãs, onde partilhamos insónias, noites de estudo, noites insânias e divertidas. Onde temos dias em que adormecíamos todas e faltava tudo as aulas, ou acordava alguém eufórico que fazia questão de transformar o dia de todas. Mas o melhor do melhor, é estarmos todas juntas, lá são sempre bem-vindos os nossos amigos, e todos os dias lá passados fazem crescer esta história, em que aqui ficou tanto por dizer. Esta casa dos segredos podia ser apenas um mito, mas não, é a pura da loucura da realidade e da liberdade, que fomos nós que construímos. Este texto é dedicado a vocês, minhas Rainhas, aquelas com quem tenho o prazer de dividir este palácio feito de gestos, atitudes e amor, muito amor, onde sou feliz ao vosso lado. Concluo dizendo que um dia fazemos uma loucura… diferente das anteriores….

*Porque me lembro de as cantar com vocês* xD

quinta-feira, 14 de julho de 2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

( 50 / 50 ) o inicio, o meio e o final feliz




Quando ela o viu pela primeira vez, vasta fechar os olhos e começar a lembrar. Não é difícil, ele é a excepção, assim foi o único naquele papel,o sarcástico senhor sabe tudo. Ela estava na varanda, e parecia verão, vê as luzes, vê a festa, vê os convidados, e vê-o a andar no meio da multidão. Ele tinha o brilho do sol num dia nublado, ela seria a rapariga do sorriso partido. Depois um monte de coisas estúpidas. Ela caminhava, ela fugia, ela pulava, ela voou. Coisas que nunca pensaram que diriam, disseram. Coisas que nunca pensaram que fariam, fizeram. Os dois não queriam leis para se prender, tudo se baseou em desejos, repentinos, inconscientes, inesqueciveis. Não era perfeito, mas valia a pena, porque quando era frio lá fora, para eles eram 40ºC à sombra. Ele despido de tudo e louco. Ela não veste nada, e fica-lhe tão bem. Ele um malandro obsceno. Ela uma princesa. Por favor, não se esforcem tanto para dizer Adeus.

Catarina V.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A filha do vento



"-Alguém me dê alguma coisinha. Por favor"
Estou sentada, sozinha e ninguém me conhece ou reconhece. Neste mundo de grandes estranhos que me parece rodear, grito, choro e nada! Ninguém se irá aproximar?? Poderiam simplesmente me calcar, tropeçar num dos meus pés, darem-me um simples empurrão, para saber se eu estou cá. Que ainda estou acordada numa linha que não seria minha. Se me ignoram não recebo nem dou nada. apontem-me o dedo, ao menos que seja. Olhem-me com um olhar superior, é para isso que também aqui estou (que pensamento mais irónico), mas não, nem mal (directo), nem bem me fazem. Isolam-me de tudo, não tenho mérito, nem pulsação alguma. Não vivo num mundo à  parte, eu é que acabei por me pôr de parte. Ser inconsciente? Ser diferente? Finalmente alguém me reanima, suspiro prolongado e volto a respirar. Alguém partilha comigo e sorri. Ainda pertenço aqui? Sim, eu também ainda sei sorrir. Há sempre algo em comum. Pego numa flor e começo a tirar as pétalas uma por uma, e nada melhor do que pensar que há sempre um bem-me-quer e um mal-me-quer.

* Observando um pedinte sentado na rua, em que provavelmente não seria eu a única a vê-lo, mas talvez terei sido a única a tentar pensar como ele, sendo esta ou não a sua realidade * 

Catarina V.


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Amor combate

O ultimo olhar, o ultimo toque, o ultimo beijo.





O diafragma parou ali, ficou em repouso por tempo inconstante
Um espaço vazio de ar (e não só)
Ficou ali em repouso, tal como tudo o resto, igual.
Tudo parado, tudo sem nada, tudo sem respirar
Reages de forma a deixar duvidar, criando apenas ranhuras de imperfeição
Foi a lição, esse teu peso fez o chão e até o céu tremer
Nostalgia, melancolia, solidão, apatia, obsessão
Ecos de risos, sinfonias de gritos
Lembrar cada lágrima, cada abraço
E lá onde tudo parou, partir, partir para ficar
Era a única solução e a ultima decisão
Depois era "só" ultrapassa o combate do século
No meio da desilusão



quarta-feira, 4 de maio de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

Coisinha laranja :)

"Amor tu és linda, bem feita, és um espanto, fazes parar o trânsito, sem ti não sei viver...
...importas-te de me encher novamente o copo?"

<3
è apaixonante acordar com os teus berros, as tuas loucuras, as tuas danças malucas, as directas de estudo em que não há energia que te falte, entrar a saltar numa musica contigo como se so la estivessemos nós e nos fossemos o espetaculo da festa , entrar em transe e em gargalhadas silenciosas, ver-te a comer as misturas mais estonteantes, ver-te seres tão naturalmente tu :)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Disarm

“Desarmar-te com um sorriso
E recortar-te como tu quiseres que o faça
Recortar aquela pequena criança
Dentro de mim e de grande parte de ti
Ooh, Os anos queimam
(…)
O assassino em mim é o assassino em ti
Meu amor
Mando esse sorriso para ti”

quinta-feira, 17 de março de 2011

A tua Antropofagia


" - Enquanto tu estiveres acordado, ainda posso te ter. -minto.
Deitada na cama, com os braços para trás, deixo-me ser acariciada. Descubro um dos teus segredos inconfessáveis no momento em que tua mão pousa entre os meus seios. Tu escondes tua antropofagia em baixo das unhas roídas e teus impulsos sádicos são guardados entre os teus cabelos compridos. Ao estender a palma da mão no lado esquerdo do meu tórax, deixaste claro teu desejo de abrir meu peito ao meio e puxar meu coração pra fora. sentir o músculo ainda quente pulsar entre teus dedos e fincar teus dentes no tecido frágil está entre tuas fantasias mais excitantes. Passar tua língua na ferida aberta, saciar tua sede no caminho de sangue que escorre de minha pele para ser absorvido pelos lençóis rendados, enquanto nossos corpos nus se encontram escorregadios e manchados de vermelho.

-Enquanto estiveres viva, ainda posso te perder. - mentes."  
Texto de Andira Medeiros, São Paulo

segunda-feira, 14 de março de 2011

um tic-tac constante

Preciso do teu temperamento especial


Calma, tempo, palavras

Todos os dias crio textos e mais textos

Que ficam engalfinhados na minha cabeça

Linhas de imagens, que já nem sei se aconteceram

São horas e horas a pensar no mesmo

Frustração, impulsividade, som

Mas nunca aparece o dia certo nem as palavras certas

É a loucura de ter que adormecer com o peso de mais um dia que passou